Cigarro eletrônico prejudica função vascular, aponta estudo

Moça usando cigarro eletrônico, também conhecido como vape

O uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como Vapes, pode causar sérios danos à saúde. Estudos anteriores já associaram esses dispositivos a problemas como infarto, lesões pulmonares agudas, insuficiência cardíaca e até câncer. Além disso, há evidências de alterações no DNA e maior exposição a metais pesados, aumentando o risco de intoxicação.

Agora, uma nova pesquisa revela mais um efeito prejudicial: o comprometimento da função vascular, mesmo em produtos sem nicotina.

Estudo Revela Impacto no Fluxo Sanguíneo

A pesquisa analisou 31 fumantes, com idades entre 21 e 49 anos, que participaram de sessões de ressonância magnética antes e depois de fumar tabaco, vapes com nicotina e vapes sem a substância.

Os resultados mostraram que, após o uso, houve uma redução significativa na velocidade do fluxo sanguíneo na artéria femoral superficial em repouso. Esse efeito foi ainda mais intenso com vapes que continham nicotina.

Moça usando cigarro eletrônico, também conhecido como vape
Consumo de cigarro eletrônico pode causar graves prejuízos à saúde (Imagem: Fotogrin/Shutterstock)

Em termos simples, o estudo indicou que menos oxigênio foi transportado pelo sangue de volta ao coração, o que, ao longo do tempo, pode prejudicar a função vascular e causar sérios problemas de saúde.

Vapes Não Ajudam a Parar de Fumar

Os cientistas enfatizam que os vapes não são recomendados como alternativa para parar de fumar, pois também podem levar à dependência e causar danos significativos ao corpo. As conclusões do estudo foram publicadas na Sociedade Radiológica da América do Norte.

Uso de vapes se tornou um problema de saúde pública no Brasil (Imagem: DedMityay/Shutterstock)

Uso de Cigarros Eletrônicos é Proibido no Brasil

No Brasil, o uso de cigarros eletrônicos é ilegal. Em abril de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição da fabricação, venda, importação, propaganda, transporte e armazenamento desses dispositivos.

A decisão da Anvisa acompanha orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que também condena o uso de vapes.

Apesar da proibição, os dispositivos ainda são facilmente encontrados à venda em muitas ruas do país. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que quase 17% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarros eletrônicos.

O estudo reforça os riscos à saúde e alerta para a necessidade de maior conscientização sobre o uso desses dispositivos.

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