Magé, cidade marcada por promessas políticas não cumpridas e por uma histórica descrença no sistema eleitoral, mais uma vez se prepara para um novo ciclo de eleições municipais. Com o prefeito Renato Cozzolino tentando manter-se no poder, os cidadãos se perguntam se as mudanças prometidas em sua campanha anterior se tornaram realidade ou se mais uma vez serão deixadas de lado em meio a interesses políticos.
Em 2020, Renato Cozzolino ascendeu ao cargo de prefeito de Magé com apenas 19% dos votos do eleitorado total. Um cenário onde 45% dos votos foram nulos e brancos, refletindo a profunda desilusão dos cidadãos com as opções disponíveis. Para piorar a situação, sua posse foi garantida por uma liminar concedida pelo Ministro Gilmar Mendes na última hora, lançando dúvidas sobre a legitimidade de sua governança desde o início.
Uma das principais promessas de campanha de Cozzolino em 2020 foi a municipalização da água em Magé. No entanto, enquanto ocupava o cargo de deputado estadual, ele votou a favor da venda da CEDAE, empresa responsável pelo abastecimento de água na região. Essa contradição deixou muitos eleitores se questionando sobre a verdadeira intenção por trás das palavras do prefeito.
À medida que nos aproximamos das eleições de 2024, a cidade se vê diante da necessidade premente de avaliar o progresso (ou a falta dele) sob a administração de Cozzolino. Questões como infraestrutura precária, serviços públicos inadequados e desigualdades sociais persistem, enquanto as promessas de campanha continuam a soar como meras palavras ao vento.
Além disso, o cenário político nacional e a crescente desconfiança nas instituições públicas adicionam uma camada extra de complexidade a este processo eleitoral. Os cidadãos de Magé estão cada vez mais conscientes da importância de sua voz e de seu voto, e exigem transparência, responsabilidade e comprometimento dos candidatos que buscam liderar a cidade.
À medida que a campanha eleitoral se desenrola, fica claro que Magé está à beira de uma encruzilhada. Os eleitores devem decidir entre continuar aceitando promessas vazias ou buscar uma verdadeira mudança, uma mudança que coloque os interesses da comunidade em primeiro lugar e restaure a fé na política local. A decisão está nas mãos dos cidadãos de Magé
