Um estudo recente mostra que trabalhadores em home office estão aproveitando o tempo economizado sem o deslocamento para dormir mais. Em média, essas pessoas dormem 24 minutos a mais por dia e dedicam outros 15 minutos para atividades como exercícios físicos, em comparação com quem trabalha presencialmente.
Segundo uma pesquisa rápida do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), quem trabalha de casa economiza quase uma hora por dia ao não precisar ir e voltar do escritório. O estudo, que analisou pessoas que trabalham pelo menos sete horas diárias, também revelou que o tempo dedicado ao trabalho remoto é, em média, 10 minutos menor.
Jayne Clark, que vive na Cornualha com o marido e dois filhos, trabalha de casa há três anos e afirma que a mudança foi extremamente positiva para ela.
“Desde que comecei a trabalhar remotamente, me sinto muito mais produtiva”, conta Jayne, que atua na área de gestão de crédito. Ela relata que o trajeto de 45 minutos até o trabalho a deixava “estressada e exausta”. Agora, ela ajusta o despertador para mais tarde e aproveita a meia hora extra da manhã para correr ou passear com o cachorro.
Além disso, o trabalho remoto facilitou sua rotina de cuidados com os filhos e o transporte escolar.
Apesar da popularização do home office durante a pandemia, muitas empresas estão voltando atrás nessa prática. Recentemente, a rede de supermercados Asda anunciou a redução do trabalho híbrido, e a Amazon informou que os funcionários deverão retornar ao escritório cinco dias por semana a partir de janeiro.
No setor público do Reino Unido, funcionários foram orientados a comparecer ao escritório pelo menos três dias por semana, mesmo com o Projeto de Lei de Direitos Trabalhistas proposto pelo governo de Keir Starmer, que busca ampliar o acesso ao trabalho flexível.
Atualmente, trabalhadores já podem solicitar horários flexíveis desde o início do emprego, mas o novo projeto de lei pode fortalecer esses direitos.