O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (7) que assinará uma ordem executiva para revogar as políticas ambientais implementadas por seu antecessor, Joe Biden, que incentivavam o uso de canudos de papel sustentáveis. Em um post no X, a antiga plataforma Twitter, Trump afirmou que os canudos de papel “não funcionam” e garantiu que o país voltará ao uso de itens plásticos.
“Assinarei uma Ordem Executiva na próxima semana encerrando a ridícula pressão de Biden por canudos de papel, que não funciona. De volta ao plástico”, escreveu o presidente, criticando abertamente as iniciativas ambientais de seu antecessor.
Durante sua gestão, Biden havia estabelecido metas ambiciosas para reduzir o impacto ambiental causado pelo uso de plásticos descartáveis. Uma dessas medidas incluía a eliminação gradual de utensílios como canudos, copos e talheres de plástico em todas as agências federais até 2035, sempre que viável. A decisão fazia parte de um esforço global para combater a poluição plástica, especialmente nos oceanos, onde esses materiais têm causado danos significativos à vida marinha.
Os canudos de plástico, em particular, tornaram-se um símbolo da crise ambiental devido à sua dificuldade de reciclagem e ao impacto duradouro no ecossistema. No entanto, Trump tem adotado uma postura contrária a essas preocupações ambientais. Desde seu primeiro mandato, ele já havia retirado os Estados Unidos do Acordo de Paris, um tratado internacional voltado para limitar o aquecimento global e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
A decisão de retornar ao uso de canudos de plástico reflete a visão de Trump de priorizar conveniência e economia sobre questões ambientais. Para ele, as regulamentações ambientais rigorosas representam uma interferência desnecessária no setor produtivo e no cotidiano dos americanos.
A medida, no entanto, deve gerar debates acalorados entre ambientalistas e defensores das políticas de Trump. Enquanto grupos ecologistas alertam para os perigos crescentes da poluição plástica, aliados do presidente argumentam que a mudança trará benefícios econômicos e maior praticidade para consumidores e empresas.
Com a assinatura da ordem executiva prevista para a próxima semana, o governo Trump reafirma sua posição controversa em relação às questões climáticas, colocando o país novamente em rota de colisão com movimentos globais em defesa do meio ambiente.
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