O Brasil enfrenta uma das piores crises hídricas das últimas décadas, com reservatórios de água em níveis críticos em diversas regiões, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. Relatórios recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que os reservatórios das principais hidrelétricas, como os das bacias do Rio São Francisco e do Paraná, estão operando com menos de 30% da capacidade, acendendo o alerta para possíveis racionamentos de água e energia.
A crise, agravada por uma combinação de chuvas escassas e mudanças climáticas, tem colocado estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás em estado de emergência. Em São Paulo, o Sistema Cantareira, que abastece milhões de pessoas na região metropolitana, atingiu 25% de sua capacidade em maio de 2025, o menor índice desde a crise de 2014. Medidas como rodízio no abastecimento de água já foram implementadas em cidades como Campinas e Ribeirão Preto.
O governo federal anunciou, na última semana, um pacote de medidas emergenciais, incluindo incentivos para redução do consumo de energia e campanhas de conscientização sobre o uso racional da água. No entanto, críticos apontam que a falta de investimentos em infraestrutura hídrica e a dependência de hidrelétricas têm deixado o país vulnerável. “É inadmissível que, após anos de alertas, ainda estejamos reféns do clima”, afirmou a ambientalista Mariana Campos em entrevista recente.
Nas redes sociais, a população expressa preocupação com o aumento nas contas de luz, impulsionado pela ativação de termelétricas, e com a possibilidade de apagões. O setor agrícola também sofre, com prejuízos estimados em bilhões de reais devido à seca que afeta safras de soja, milho e café.
Enquanto o governo promete ações de longo prazo, como a diversificação da matriz energética, a crise hídrica expõe a urgência de políticas públicas mais robustas. Especialistas recomendam que a população adote práticas de economia de água e energia, como banhos rápidos e uso de eletrodomésticos em horários de menor demanda.
Para atualizações, os cidadãos podem acompanhar os boletins do ONS (ons.org.br) e os comunicados oficiais do Ministério de Minas e Energia.
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