Em um avanço significativo de suas operações militares, Israel ampliou seu controle sobre a Faixa de Gaza, passando a dominar mais de 50% do território, conforme anunciado por autoridades israelenses nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025. A expansão ocorre em meio a uma nova fase de ofensivas que intensificam o conflito na região, gerando reações internacionais e preocupações humanitárias.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, em pronunciamento recente, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão implementando zonas de segurança ampliadas, com o objetivo de neutralizar qualquer resistência remanescente do Hamas e garantir a estabilidade a longo prazo. “Mesmo após a derrota do Hamas, Israel manterá o controle de segurança em Gaza”, declarou Netanyahu, sinalizando que a presença militar não será temporária.
A ofensiva incluiu a ocupação de áreas estratégicas no norte e no centro da Faixa, acompanhada por ordens de evacuação em massa para a população local. Estima-se que milhares de palestinos tenham sido deslocados para o sul, onde as condições humanitárias já são críticas, com relatos de falta de alimentos, água e assistência médica. Organizações internacionais, como a ONU, alertaram para o risco de uma crise ainda mais grave, pedindo corredores seguros para ajuda.
A expansão territorial começou a ser delineada no início de abril, quando o ministro da Defesa, Israel Katz, anunciou planos para anexar partes de Gaza às zonas de segurança israelenses. Analistas apontam que essa estratégia reflete não apenas uma resposta militar, mas também uma tentativa de reconfigurar o controle geopolítico da região, incentivando a saída voluntária de moradores palestinos.
Enquanto Israel justifica as ações como necessárias para sua segurança, a comunidade internacional segue dividida. Países como os Estados Unidos reiteraram apoio ao direito de defesa israelense, mas cobraram moderação para evitar uma escalada de vítimas civis. Já nações árabes e membros da União Europeia condenaram a ofensiva, classificando-a como uma violação do direito internacional.
O conflito, que já dura anos, ganha um novo capítulo com essa ampliação do domínio israelense, reacendendo debates sobre o futuro de Gaza e o destino de sua população. Por ora, a situação no terreno permanece tensa, com combates esporádicos e um horizonte incerto para a paz na região.
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