O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de apostas fraudulentas, conforme revelado pelo portal Metrópoles. A investigação, que apura fraudes em competições esportivas, ganhou novos contornos com a divulgação de mensagens inéditas pelo programa Fantástico, da Rede Globo. As conversas, extraídas do celular do irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Junior, sugerem que até a mãe de Bruno Henrique teve participação nas movimentações relacionadas às apostas.
As mensagens mostram Wander discutindo com a mãe a dificuldade de abrir novas contas em casas de apostas, já que algumas operadoras bloquearam opções de apostas em cartões amarelos de Bruno Henrique por suspeita de irregularidades. Em um dos diálogos, a mãe questiona se haveria possibilidade de reabrir essas contas e troca informações com Wander sobre CPFs, e-mails e datas de nascimento de terceiros que poderiam ser usados para novos cadastros. Boletos de casas de apostas também foram enviados por Wander para que ela realizasse os pagamentos.
Apesar de as conversas indicarem envolvimento, os pais de Bruno Henrique não foram indiciados até o momento. A Polícia Federal segue investigando, e o Ministério Público do Distrito Federal decidirá se haverá denúncia formal contra o jogador e outros envolvidos. A investigação aponta que Bruno Henrique teria fornecido informações privilegiadas, repassadas por Wander a um grupo de apostadores, incluindo parentes e amigos, para lucrar com apostas em um cartão amarelo recebido na partida contra o Santos, em novembro de 2023.
A defesa de Bruno Henrique se pronunciou, negando qualquer participação do jogador em esquemas de apostas. Em nota ao Metrópoles, os advogados afirmaram que o atleta é reconhecido por sua simplicidade e compromisso com o esporte, e que as mensagens foram interpretadas fora de contexto. A defesa também destacou que Bruno Henrique defende maior regulação no setor de apostas para evitar fraudes, e que os fatos serão esclarecidos no decorrer do processo.
O caso expõe a crescente preocupação com a integridade das competições esportivas no Brasil, especialmente em um contexto de expansão do mercado de apostas. A concentração de apostas em um cartão amarelo de Bruno Henrique, com 98% das bets em uma casa direcionadas a ele, levantou alertas de empresas do setor e da International Betting Integrity Association. Enquanto a investigação avança, o futuro de Bruno Henrique no futebol permanece incerto, com a comunidade esportiva aguardando os próximos desdobramentos judiciais.
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