No dia 30 de abril de 2025, coincidindo com o Dia da Baixada Fluminense, Magé ganhará o Parque Natural Municipal Barão de Mauá, localizado em uma área que há 25 anos sofreu um grave desastre ambiental no manguezal de Mauá. Com uma extensão equivalente a 113 campos de futebol, o parque é resultado de um longo processo de recuperação ambiental, liderado por pescadores locais e apoiado por instituições dedicadas à preservação. O espaço agora abriga uma floresta de mangue revitalizada, com diversidade de fauna e flora, e está pronto para receber visitantes, pesquisadores e amantes da natureza.
Um Ecossistema Restaurado
A transformação da área exigiu anos de trabalho árduo, incluindo a remoção de resíduos, o plantio de mudas de mangue (vermelho, branco e negro) e o acompanhamento contínuo do ecossistema. Hoje, o parque é lar de 107 espécies de aves, 21 de mamíferos, 16 de répteis e 11 de crustáceos, segundo levantamentos realizados. Essa biodiversidade reflete o sucesso do esforço coletivo para devolver vida a um local antes degradado.
Estrutura para Visitantes e Pesquisadores
O Parque Natural Barão de Mauá oferece uma estrutura pensada para educação ambiental, pesquisa e lazer. Entre os destaques estão:
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Uma passarela suspensa de aproximadamente 1 km, permitindo a observação do manguezal sem impacto ao ecossistema.
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Um deck à beira da praia, ideal para contemplação da Baía de Guanabara.
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Um observatório de 11 metros de altura, oferecendo uma vista panorâmica.
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Alojamento para pesquisadores, lanchonete e espaço para exposições.
As visitas em grupo, limitadas a 30 pessoas, devem ser agendadas pelo e-mail parquebaraodemaua@mage.rj.gov.br, garantindo uma experiência organizada e segura.
Importância Ambiental e Cultural
O manguezal do parque desempenha um papel crucial no meio ambiente, sendo capaz de capturar até quatro vezes mais carbono que florestas tropicais, ajudando no combate às mudanças climáticas. Além disso, atua como um filtro natural, purificando as águas da Baía de Guanabara. A presença de espécies como flamingos reforça a relevância ecológica do local.
O parque também foi reconhecido como patrimônio histórico, cultural, turístico e paisagístico do estado do Rio de Janeiro, por meio da Lei 10.534/2024, sancionada em outubro de 2024. Essa distinção destaca sua importância para a região e para a preservação da história e da natureza de Magé.
Homenagens e Legado
O processo de recuperação contou com a participação de figuras notáveis, como o pescador Adeimantus Carlos, que liderou os esforços e agora integra a direção do parque. O circuito ambiental leva o nome de Alfredo Sirkis, e um bosque homenageia Gilberto Gil, que plantou mudas no local durante sua visita como ministro. O Instituto OndAzul também foi parceiro fundamental entre 2001 e 2019.
Convite à Comunidade
A inauguração do Parque Natural Barão de Mauá marca um momento de celebração para Magé, oferecendo um espaço onde a comunidade pode aprender sobre a importância dos manguezais, desfrutar da natureza e se conectar com a história local. A abertura ao público reforça o compromisso com a sustentabilidade e a valorização dos recursos naturais da Baixada Fluminense.
Para mais informações ou agendamento de visitas, acesse o site da Prefeitura de Magé (mage.rj.gov.br) ou envie um e-mail para parquebaraodemaua@mage.rj.gov.br.
